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A França decidiu abrir um processo judicial contra o Banco BNP Paribas. A instituição é acusada de crimes de guerra, genocídio e delitos contra a humanidade no Sudão.
A queixa foi apresentada pela Federação Internacional dos Direitos Humanos, que acusa o BNP de entre 2002 e 2008 ter apoiado o regime do Sudão. Na época, o Governo sudanês desenvolveu uma campanha de violência em regiões como o Darfur.
"Por detrás dos crimes mais graves e das violações dos direitos humanos, há sempre dinheiro", afirmou o presidente da federação, no ano passado.
Patrick Baudouin acusa o gigante bancário "de conceder ao regime sudanês acesso aos mercados monetários internacionais, permitindo que o governo funcionasse e que tivesse dinheiro para pagar aos militares num tempo em que o Sudão era um estado pária na cena internacional por planear e cometer crimes em Darfur."
Os termos do processo judicial aberto pelas autoridades francesas ainda não são conhecidos.
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Em 2014, o BNP Paribas concordou em pagar uma multa de quase nove mil milhões de dólares aos Estados Unidos para que Washington desistisse das acusações. Os EUA culparam o banco por transferir dinheiro para entidades sudanesas que estavam sujeitas a sanções económicas.
Existe ainda uma queixa criminal contra o banco por alegada cumplicidade no genocídio da minoria Tutsi do Ruanda.