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O mundo continua a avançar "como sonâmbulo para a catástrofe climática", alertou, esta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu aos principais países para abandonarem a dependência das energias fósseis.
O objetivo de limitar o aumento das temperaturas mundiais a +1,5ºC, em comparação com a era pré-industrial, está "nos cuidados intensivos", declarou Guterres durante a conferência sobre o desenvolvimento sustentável organizada pela revista The Economist, em Londres.
De acordo com a ONU, o planeta precisa de reduzir em cerca de 45% as emissões até 2030, para que o limite de +1,5ºC não seja superado. Contudo, as emissões permanecem em alta e o mundo já atingiu +1,1ºC, o que aumenta, segundo os cientistas que estudam a mudança climática, fenómenos extremos, como grandes secas ou inundações.
"O problema está a agravar-se", disse Guterres numa mensagem de vídeo, onde recordou que em 2020 as catástrofes climáticas obrigaram 30 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, "ou seja, três vezes mais que o número de pessoas deslocadas por conflitos".
"Se continuarmos assim, podemos esquecer da meta de 1,5 ºC, e até o objetivo de +2ºC pode ficar fora de alcance", acrescentou.
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