Guterres "profundamente alarmado" com exclusão de mulheres da universidade no Afeganistão

O secretário-geral da ONU pede ao regime taliban para "assegurar a igualdade de acesso à educação a todos os níveis".

O secretário-geral da ONU está "profundamente alarmado" com a decisão dos taliban de proibir a admissão de mulheres nas universidades afegãs, disse na terça-feira um porta-voz.

António Guterres pediu ao regime taliban para "assegurar a igualdade de acesso à educação a todos os níveis".

"O secretário-geral reitera que a negação à educação não só viola a igualdade de direitos das mulheres e raparigas, como terá um impacto devastador para o futuro do país", disse Stéphane Dujarric, em comunicado.

O regime taliban proibiu na terça-feira, "até nova ordem", a admissão de mulheres nas universidades públicas e privadas de todo o país, anunciou o Ministério do Ensino Superior local, citado pela agência de notícias afegã Jaama Press e pela rede de televisão oficial Tolo.

O ministro da Promoção da Virtude e Prevenção do Vício afegão, Mohamad Khalid Hanafi, também precisou que a reabertura dos centros educativos, encerrados desde a chegada ao poder dos taliban, "depende em grande medida da criação de um ambiente cultural e religioso decente".

Os taliban têm sido criticados pelo encerramento dos centros educacionais e pela exclusão de estudantes do sexo feminino do ensino, num quadro mais vasto de medidas discriminatórias contra as mulheres, que as afastam de empregos.

Desde agosto que as autoridades impedem as alunas do ensino superior de regressarem às aulas, autorizando apenas os alunos.

Em fevereiro, o processo de reabertura das universidades terminou, na sequência da imposição da segregação por sexo nas salas de aula.

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