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A dimensão da explosão fazia prever a escala da tragédia. E os primeiros números oficiais são prova disso mesmo: o governo libanês confirma que foram registados pelo menos 73 vítimas mortais e 3700 feridos na sequência das fortes explosões que ocorreram esta terça-feira na zona portuária de Beirute, a capital do Líbano.
A viver no país há 16 anos, Rita Dieb relata à TSF que os hospitais estão sobrelotados e já não têm capacidade para responder aos pedidos de ajuda.
Rita Dieb diz à TSF que há hospitais que estão a ficar sem capacidade de resposta.
"Os hospitais estão cheios e já há hospitais que não conseguem receber mais gente porque estão superlotados. Houve um hospital próximo do porto que ficou destruído e é um hospital universitário. Ficou muito destruído, danificado e estão a retirar os doentes para outros hospitais", disse.
"Há vários prédios que ruíram para cima de carros e ficaram completamente destruídos. Parece que houve um bombardeamento nas zonas mais próximas no porto, que além de serem de trabalho, são residenciais", acrescenta.
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Rita Dieb sublinha que na televisão os apelos e os conselhos à população sucedem-se. A portuguesa residente no Líbano afirma que as autoridades estão a pedir às pessoas para não saírem de casa.
"Estão a pedir que fiquemos em casa porque, em princípio, poderá haver um produto tóxico no ar. Também estão a pedir às pessoas para não condicionarem o trânsito para que se possa facilitar o trabalho dos bombeiros", frisa, salientando que, horas após a tragédia, a dor e o desespero tomaram conta das ruas da capital do Líbano.
Autoridades apelam à população que fique em casa e evite zona atingida pela explosão
"Nem sei como posso descrever. Há pessoas feridas e mortas, crianças, pais que perderam os filhos. Há famílias que estão desesperadas à procura de desaparecidos", explica, comparando o que se vê em Beirute a um cenário de "guerra".
Rita Dieb refere que há pessoas à procura de familiares desaparecidos
"Todo o cenário que estamos a viver a nível económico e social, o caos em que isto está, de facto parece-me um dos momentos mais duros que o Líbano atravessou."

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Na origem das fortes explosões estão 2750 toneladas de nitrato de amónio, confirmou o primeiro-ministro libanês. O material explosivo estaria armazenado no local da explosão.