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Ashgabat é a cidade onde os estrangeiros têm mais dificuldade em viver. A realidade é revelada pelo ranking anual realizado pela consultora Mercer que tem em conta, por exemplo, o preço das casas, dos transportes, da comida e dos serviços.
A Mercer diz que com estas informações quer ajudar as empresas e governos em todo o mundo a determinar quanto devem pagar aos funcionários que vão em serviço para determinada cidade.
A maioria das cidades nos dez primeiros lugares são centros de negócios onde o crescimento económico levou a um aumento no preço da habitação e outros custos. Na lista há, no entanto, duas exceções.
Na capital do Turquemenistão é a crise que determina o primeiro lugar. A antiga republica soviética depende das exportações de gás natural e a queda dos preços causou uma crise que a Covid-19 só veio agravar. O país tem vindo a registar uma inflação galopante e vive uma situação de escassez alimentar desde 2016. Quem tiver de se mudar para Ashgabat vai ter de pagar mais para ultrapassar todas estas situações.
Beirute é a outra exceção. Entre 2020 e 2021 a capital do Líbano subiu 42 lugares e está agora na terceira posição. Para este lugar na lista contribuíram uma série de fatores, incluindo a crise política dos últimos anos, e a grave crise económica. A pandemia e a explosão no porto de Beirute, o ano passado, amplificaram os efeitos económicos, causando também aqui uma inflação recorde.
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A cidade de Hong Kong, que o ano passado liderava o ranking, é agora a segunda. Tóquio e Zurique fecham o top 5. Nos dez primeiros há mais duas cidades suíças, Berna e Genebra.
Lisboa é a única cidade portuguesa neste ranking e subiu 23 posições. A capital portuguesa está no lugar 83, logo à frente de Barcelona.