Hostilidades entre Israel e palestinianos fazem pelo menos 55 mortos

Mais de 300 palestinianos ficaram feridos, muitos dos quais foram resgatados das ruínas fumegantes de edifícios. Do lado israelita, mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Pelo menos 55 pessoas morreram e várias centenas ficaram feridas desde que as hostilidades entre Israel e palestinianos aumentaram nos últimos dias, segundo dados recolhidos esta quarta-feira pela agência de notícias AFP.

As hostilidades, as mais intensas nos últimos sete anos, deixaram pelo menos 48 mortos na Faixa de Gaza, incluindo 14 crianças e três mulheres, dois palestinianos na Cisjordânia ocupada e cinco israelitas.

Além do número crescente de mortos, mais de 300 palestinianos ficaram feridos, muitos dos quais foram resgatados das ruínas fumegantes de edifícios. Do lado israelita, mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Casas destruídas, carros incendiados, uma instalação de petróleo atingida: Israel também acordou hoje com danos incomparáveis desde a guerra de Gaza em 2014.

Para o exército de Israel, os mais de 500 ataques aéreos israelitas, também os mais intensos desde 2014, pretendem ser uma resposta aos "mais de mil 'rockets'" lançados por vários grupos armados da Faixa de Gaza em direção ao Estado hebraico desde segunda-feira à noite.

Do total de 'rockets', 850 atingiram Israel ou foram intercetados pela defesa antiaérea israelita, enquanto os restantes caíram no interior de Gaza, disse o Ministério da Defesa israelita.

Israel realizou novos ataques aéreos na Faixa de Gaza na manhã desta quarta-feira, após vários 'rockets' terem sido lançados pelo movimento islamita Hamas contra várias cidades israelitas, incluindo Telavive, onde as sirenes de ataque aéreo ecoaram pela cidade.

Ataques aéreos israelitas arrasaram duas torres de apartamentos na Faixa de Gaza, onde dois milhões de palestinianos vivem sob um bloqueio israelita-egípcio desde que o Hamas assumiu o poder em 2007.

Sinais de alerta permitiram que civis saíssem dos prédios, mas as perdas materiais serão imensas.

Israel desencadeou também dezenas de ataques aéreos em poucos minutos visando a polícia e instalações de segurança, disseram testemunhas à agência de notícias Associated Press (AP). Uma parede de fumo escuro ergueu-se sobre a cidade de Gaza.

O Ministério do Interior dirigido pelo Hamas disse que os ataques aéreos destruíram o quartel-general da polícia na cidade de Gaza, um complexo com vários edifícios.

"Ainda há muitos alvos na mira, isto é apenas o início", preveniu na terça-feira o ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, que liderava o exército durante a guerra de Gaza de 2014.

"Se [Israel] quer uma escalada, a resistência está pronta (...)", respondeu o líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh.

Perante a escalada da violência, o Conselho de Segurança da ONU realiza hoje uma nova reunião de emergência à porta fechada, a segunda em três dias, segundo fontes diplomáticas.

A primeira, na segunda-feira, terminou sem qualquer declaração conjunta devido às reticências dos EUA.

Fontes diplomáticas citadas pela AFP dizem que a ONU, com a ajuda do Qatar e do Egito, iniciou uma mediação junto das partes interessadas para obter uma desescalada.

A violência surgiu, em parte, devido à ameaça de expulsões de palestinianos de Jerusalém Oriental em benefício dos colonos israelitas.

Aos confrontos iniciais entre manifestantes palestinianos e polícias israelitas, particularmente em redor da mesquita de Al-Aqsa, seguiram-se os ataques com 'rockets' do Hamas contra o Estado judeu e a resposta das forças de defesa israelitas contra a Faixa de Gaza.

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