"I mean 2023." Zelensky pede negociações ainda este ano para entrada da Ucrânia na UE

Presidente da Comissão Europeia promete "transformar os sonhos da Ucrânia em realidade", mas alerta que o "caminho é longo".

Volodymyr Zelensky apelou esta quinta-feira à União Europeia para dar início às negociações para a adesão da Ucrânia ainda este ano. No dia em que participa, em Bruxelas, na reunião do Conselho Europeu, o presidente Ucraniano ouviu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen dizer, porém, que o processo é demorado e há "um caminho longo" a percorrer.

Mas Volodymyr Zelensky argumentou que o início das negociações, ainda este ano, para a entrada na União Europeia será uma importante motivação para combater o invasor durante a guerra. O presidente ucraniano quer que os próximos passos rumo à adesão sejam dados o quanto antes, acreditando que "após a recomendação sobre o resultado das nossas reformas, podemos [a Ucrânia] começar a abrir o diálogo sobre o nosso futuro na União Europeia".

Em Bruxelas há um entendimento geral sobre a rápida implementação das reformas na Ucrânia. Já esta quinta-feira, a presidente da comissão, Ursula von der Leyen elogiou o empenho dos ucranianos.

"A Ucrânia está a avançar no seu caminho europeu de uma forma impressionante", saudou Von der Leyen, lembrando que "a adesão é um processo baseado nos méritos, e o seu historial mostra que é capaz de concretizar rapidamente e de alta qualidade, mesmo quando luta contra um agressor, mesmo quando está em guerra".

Von der Leyen acenou ainda com a possibilidade de um futuro próspero para a Ucrânia: "Ouço a população ucraniana falar tão frequentemente das suas esperanças. Eles querem que os seus filhos cresçam na União Europeia, e esta esperança dá-lhes a força para enfrentarem esta guerra horrível."

Volodymyr Zelensky fez questão de dizer que o empenho em implementar as reformas tem uma razão de ser: a entrada rápida na União Europeia.

"Precisamos disso este ano. Queremos muito motivar-nos e, a propósito, motivar o nosso exército, porque é atacado pelos russos e está sujeito a toda esta agressão", afirmou Zelensky, convicto de que a luz verde de Bruxelas serviria também para "motivar".

"Estamos a lutar por isso - é muito importante, claro, para a soberania, obviamente, as habitações para crianças na Ucrânia e, claro, a adesão", insistiu.

Mas a presidente da Comissão Europeia alerta que a adesão faz parte de um processo longo e demorado: "Caro Volodymyr, entre agora e este brilhante futuro, pode haver um caminho difícil a percorrer, mas tenha a certeza de que estaremos consigo ao longo de cada passo do caminho."

"Vamos transformar os sonhos da Ucrânia em realidade, no estilo de vida europeu", prometeu Ursula von der Leyen, antes de Volodymyr Zelensky afirmar que espera processo não fique esquecido em adiamentos sucessivos e seja concretizado ainda este ano.

"É claro que precisamos disto este ano. Quando digo este ano, refiro-me a este ano. Dois, zero, vinte e três", sublinhou.

Volodymyr Zelensky participa esta quinta-feira na reunião do Conselho Europeu, na qual disse esperar pelo apoio dos 27, no combate à invasão russa. Em cima da mesa está também o plano de paz proposto pelo líder ucraniano.

*Notícia atualizada às 23h48 para clarificar que Zelensky pediu a abertura de negociações ainda em 2023 e não a entrada da Ucrânia na UE

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