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O Presidente iraniano prometeu esta quinta-feira à Ucrânia uma investigação objetiva das causas do desastre aéreo ocorrido na quarta-feira no Irão com um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airline, informou a Presidência ucraniana.
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Hassan Rohani fez esta promessa durante uma conversa telefónica com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
"Rohani assegurou que o Irão irá proporcionar aos peritos ucranianos acesso a todas as informações necessárias", acrescentou a nota oficial divulgada pela Presidência da Ucrânia, país que enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para participar no inquérito em curso.

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Volodymyr Zelenskiy sublinhou, por sua vez, que os peritos ucranianos já começaram a trabalhar para estabelecer "o mais rápido possível" as causas do desastre, que matou 176 pessoas, insistindo na realização de uma investigação "objetiva, completa e transparente".
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Sergiy Kyslytsya, pediu no Conselho de Segurança da ONU um "apoio incondicional" para os seus peritos que investigam o desastre aéreo.
"Foram perdidas 176 vidas inocentes", referiu no decurso de uma reunião sobre o respeito pela Carta das Nações Unidas.
"As circunstâncias desta catástrofe ainda não são claras. Cabe agora aos peritos investigar e encontrar respostas à questão de saber o que provocou a queda [do avião]. Para isso, os nossos peritos devem receber um apoio incondicional para o seu inquérito", disse o ministro ucraniano.
As autoridades ucranianas avançaram esta quinta-feiraque estão a investigar pelo menos sete possíveis causas do desastre, incluindo um eventual ataque com mísseis.
"Estamos a avaliar de forma minuciosa todas as teses, que são sete", indicou em declarações à agência France-Presse (AFP), o secretário do Conselho ucraniano de Segurança e de Defesa Nacional, Sergei Danylov.
Por enquanto, "nenhuma é prioritária", precisou o mesmo representante ucraniano.
Entre as possíveis teses que estão a ser exploradas pelas autoridades da Ucrânia está um possível disparo de um míssil antiaéreo contra o Boeing 737, a explosão de uma bomba a bordo do aparelho, a colisão do avião de passageiros com um 'drone' (aparelho aéreo não-tripulado) ou a deflagração de um incêndio no motor "por razões técnicas".