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O jornalista e opositor do regime da Bielorrússia Roman Protasevich, que está detido desde domingo, disse segunda-feira que está a colaborar com as autoridades e a "fazer uma confissão", através de um vídeo transmitido pela televisão pública bielorrussa.
"As autoridades comportaram-se comigo de forma totalmente adequada e respeitando a lei, continuo a colaborar com os investigadores e a fazer uma confissão a respeito da organização de distúrbios massivos", disse Protasevich, através de um vídeo em que falava sentado, em frente a uma mesa, para a câmara.
Para a pretendida detenção, Lukashenko forçou o desvio de um avião comercial da Ryanair para Minsk, que voava desde Atenas (Grécia) para a capital da Lituânia, Vílnius.
O delito mais recente da vítima de Lukashenko foi ter sido diretor dos Telegram Nexta e Nexta Live, que foram decisivos na organização dos protestos contra o dirigente do regime de Minsk depois das eleições presidenciais fraudulentas de agosto de 2020 e para a denúncia da repressão violenta das manifestações pacíficas.
Desde novembro que Roman Protasevich era considerado um "terrorista" pelas autoridades bielorrussas.
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Exilado na Lituânia, Protasevich é perseguida na Bielorrússia por "organização de tumultos massivos", um crime punível com até 15 anos de prisão.
Os ocidentais e os críticos do regime de Lukashenko denunciaram o desvio da aeronave, que foi classificado, inclusive, como "terrorismo do Estado".
Vários países ocidentais e elementos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo Portugal condenaram o desvio do avião e a detenção de Protasevich.
O espaço aéreo foi interditado a aviões bielorrussos e deverão ser aplicadas sanções.