Jornalistas italianos dizem ter sido alvo de disparos russos "intencionais" em Kherson

Repórter Claudio Locatelli relata ter perdido "algum sangue" após o veículo em que seguia com Niccolò Celesti ter sido atingido.

Dois jornalistas italianos afirmaram esta terça-feira terem sido alvo de um ataque deliberado das forças russas na cidade ucraniana de Kherson (leste).

Os jornalistas referiram que o seu veículo foi visado pelas forças russas "intencionalmente", mas que tinham conseguido fugir em segurança.

Um projétil "danificou o carro, ficámos presos debaixo de fogo antes de conseguirmos fugir em segurança, perdi algum sangue mas a ferida é ligeira", disse o repórter Claudio Locatelli num vídeo com o colega Niccolò Celesti.

"Se eu tivesse aberto a porta, teria perdido uma perna ou pior", disse Locatelli.

"O carro está bem sinalizado, como transportando jornalistas. O ataque contra nós, considerando o local e a dinâmica, foi intencional", adiantou o jornalista italiano.

"Os disparos vieram da margem do outro lado do rio Dnieper, onde se encontra o exército russo", referiu o repórter.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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