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Os membros do júri do julgamento do ex-polícia Derek Chauvin retiraram-se, esta segunda-feira, para deliberar à porta fechada sobre a responsabilidade do antigo agente na morte de George Floyd, em maio passado, na cidade de Minneapolis.
"Devem ser absolutamente justos", disse-lhes o juiz Peter Cahill, pedindo que "avaliem, considerem as provas e apliquem a lei".
Chauvin, de 45 anos, pode ser condenado a um máximo de 40 anos de prisão se for considerado culpado da acusação mais grave.

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As três acusações exigem que os jurados concluam que as ações de Chauvin foram "um fator causal substancial" na morte de Floyd e que o uso de força por parte do agente não foi "razoável e proporcional".
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A acusação de homicídio em segundo grau exige ainda que os procuradores façam prova de que Chauvin quis deliberadamente prejudicar Floyd, mas que não pretendia matá-lo.
A acusação de homicídio em terceiro grau exige prova de que as ações de Chauvin foram "eminentemente perigosas" e sem olhar ao risco de perda de vida.
A acusação de homicídio por negligência exige que os jurados acreditem que o agente causou a morte de Floyd sem ser de forma consciente.
Cada uma das acusações pode levar a uma pena máxima diferente: 40 anos para homicídio em segundo grau; 25 anos para homicídio em terceiro grau; 10 anos para homicídio por negligência.
O juiz começou o dia das alegações finais instruindo os jurados sobre a revisão de diferentes tipos de provas e explicando a forma como deveriam avaliar cada tipo de acusação criminal.
O júri vai deliberar num tribunal cercado por barreiras de cimento armado e arame farpado, numa cidade cuja segurança foi reforçada com um forte dispositivo da Guarda Nacional. As autoridades norte-americanas estão a preparar-se para vários dias de eventuais manifestações por todo o país depois de conhecida a sentença.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirmou que as autoridades federais e locais estão em articulação para enfrentar possíveis protestos.
O objetivo, prosseguiu Psaki, é garantir que as manifestações decorram pacificamente.
"Este país atravessou um largo período, sobretudo a comunidade afro-americano, de dor e sofrimento", não só por causa do julgamento de Derek Chauvin - o antigo polícia acusado do homicídio do cidadão afro-americano George Floyd, em maio de 2020 - mas também pela "violência adicional" registada nas últimas semanas.