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O Presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, afirmou esta quinta-feira em Bruxelas que o diferendo entre Vilnius e Moscovo é "um tema europeu, e não de uma questão bilateral". E, por essa razão, pretende lançar o tópico para cima da mesa "esta noite", e o mínimo que espera é o "apoio solidário" dos 27 em relação à Lituânia.
"É muito importante que a Comissão Europeia também expresse solidariedade com o meu país", afirmou o chefe de Estado, referindo-se ao diferendo com Moscovo, a propósito da aplicação das sanções europeias.
As autoridades lituanas estão a aplicar um regime de controlos aleatórios ao transporte ferroviário da Rússia para o enclave de Kaliningrado, bloqueando a passagem de produtos abrangidos pelas sanções.
O presidente lituano admite que possa "haver a necessidade" de uma clarificação da parte de Bruxelas sobre as regras a aplicar, de uma "forma mais precisa".
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Será preciso esclarecer se a transferência de produtos "da Rússia para a Rússia", também se encontra abrangida pelas sanções europeias, na situação particular de obrigar a travessia de um território estrangeiro, comentou uma fonte europeia, com a TSF, a propósito do caso que envolve a Lituânia.
O chefe de Estado diz estar apenas a aplicar as regras europeias, tal e qual como foram decididas pelo 27. "A Lituânia não está a introduzir sanções próprias", afirmou.
"Estamos apenas aplicar as sanções tal como foram estabelecidas pela União Europeia e nós estamos a implementar as sanções de acordo com essa regra", afirmou o Gitanas Nausėda.
Ao que foi possível apurar o entendimento de algumas delegações é que "a transferência de produtos essenciais" entre territórios da Rússia "não deve ser abrangida pelas sanções", e deve adotar-se uma postura que "não agrave a tensão" com o Kremlin.