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Um conselheiro do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Oleksiy Arestovich, disse na segunda-feira que os incêndios registados em depósitos de combustível na Rússia poderão ser o início de ataques de guerrilha, em resposta à invasão russa.
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"Em Ussuriysk, a base militar incendiou-se, os escritórios de alistamento militar incendiaram-se, as universidades militares incendiaram-se, alguns armazéns, as casas de governadores", disse Arestovich.
No entanto, o conselheiro de Zelensky sublinhou, numa entrevista citada pela agência de notícias ucraniana Unian, que Kiev "desconhece o que está a acontecer na Rússia".
Pelo menos 17 pessoas morreram num incêndio que ocorreu em 21 de abril num instituto de investigação das Forças Aeroespaciais russas em Tver, cidade a cerca de 200 quilómetros de Moscovo.
Um incêndio deflagrou na segunda-feira num grande depósito de combustível na cidade de Bryansk, perto da fronteira ucraniana, anunciaram as autoridades russas, sem especificar as razões do fogo.
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Segundo as agências de notícias russas citadas pela agência France Presse, "o incêndio deflagrou no depósito de combustível Transneft Bryansk-Druzhba, em Bryansk", uma cidade localizada a 150 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, que serve como base logística à ofensiva militar de Moscovo naquele país.
De acordo com as primeiras informações, não há vítimas a registar.
Moscovo tem acusado repetidamente as forças ucranianas de realizarem ataques em solo russo, incluindo numa aldeia na região de Bryansk, em meados de abril.
No início de abril, o governador da região de Belgorod, também na fronteira, alegou que helicópteros ucranianos tinham disparado num depósito de combustível.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).