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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia pediu, esta quarta-feira, aos cidadãos nacionais para abandonarem a Rússia rapidamente, devido ao risco de ofensiva militar por parte de Moscovo.
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"O Ministério recomenda aos cidadãos ucranianos para se absterem de todas as viagens à Rússia e aqueles que já lá estão devem deixar o território (russo) imediatamente", indicou a diplomacia de Kiev em comunicado.
Ao mesmo tempo, as Forças Armadas ucranianas anunciaram um plano de mobilização dos militares na reserva, preparando-se para a possibilidade de uma invasão russa. A mobilização envolve os reservistas de 18 a 60 anos por um prazo máximo de um ano, afirmou o exército ucraniano.
As Forças Armadas da Ucrânia abrangem cerca de 250.000 militares e conta com uma reserva de cerca de 140.000 efetivos.

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Putin disponível para "soluções diplomáticas" mas alerta que interesses russos "não são negociáveis"
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Ainda esta quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscovo está disponível para procurar "soluções diplomáticas" relativamente ao conflito com a Ucrânia, mas sublinhou que os interesses do país não são negociáveis.
"O nosso país está sempre aberto ao diálogo direto e honesto, à procura de soluções diplomáticas para os problemas mais complexos", afirmou Putin num discurso em vídeo para assinalar o Dia do Defensor da Pátria, um feriado público na Rússia.
"Os interesses da Rússia, a segurança dos nossos cidadãos, não são negociáveis para nós", acrescentou.
A Rússia reconheceu na segunda-feira como independentes os dois territórios ucranianos separatistas de Donetsk e Lugansk.
Na terça-feira, as autoridades russas esclareceram que o reconhecimento se refere ao território ocupado quando as autoproclamadas repúblicas anunciaram o estatuto em 2014, o qual inclui o espaço atualmente detido pelas forças ucranianas.
Putin anunciou que as forças armadas russas poderão deslocar-se para aqueles territórios ucranianos em missão de "manutenção da paz", decisão que já foi autorizada pelo Senado russo.
ACOMPANHE AQUI A ESCALADA DE TENSÃO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA