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O Kremlin criticou, esta quarta-feira, a atribuição do Prémio Sakharov 2021 ao líder da oposição russo Alexei Navalny. A distinção com o prémio, que celebra a Liberdade de Pensamento, é feita pelo Parlamento Europeu.
Entre o leque de finalistas ao prémio, encontravam-se, além de Navalny, a ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez e um grupo de mulheres afegãs. Os finalistas foram escolhidos por votação conjunta dos membros das comissões parlamentares dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento no Parlamento Europeu.

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Sónia Sénica, investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, considera que a distinção do opositor russo pode vir a agudizar as relações entre a União Europeia e a Rússia.
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"O apoio e reconhecimento deste tipo de opositores é uma mais-valia destas diferenças que são e podem ser evidenciadas entre a UE e a Rússia", disse a investigadora em declarações à TSF.
Ouça as declarações da investigadora Sónia Sénica à TSF
O político russo da oposição e ativista anticorrupção Alexei Navalny tinha sido nomeado para o prémio pelo Partido Popular Europeu e pelos liberais do Renew Europe, "pela sua coragem na luta pela liberdade, democracia e direitos humanos".
Navalny, opositor político do presidente Vladimir Putin, foi envenenado, em agosto de 2020, durante uma viagem à Sibéria. Regressado a Moscovo em janeiro, foi detido e condenado, um mês depois, a uma pena de prisão de dois anos e meio, que cumpre numa prisão de alta segurança.