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A leitura da acusação contra Donald Trump está marcada para a próxima terça-feira no tribunal de Manhattan, em Nova Iorque, depois de o antigo presidente dos Estados Unidos ter sido indiciado por um grande júri pelo alegado pagamento de um suborno no valor de 130 mil dólares à atriz pornográfica Stormy Daniel, pouco antes das eleições de novembro de 2016, para ocultar uma suposta relação extraconjugal.
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A audição às 14h15, hora local (9h19 em Lisboa), inédita para um ex-Presidente ou Presidente dos Estados Unidos, estará envolta em apertadas medidas de segurança.
Como não há precedentes, não há diretivas de segurança predefinidas. A imprensa norte-americana adianta as ruas adjacentes ao tribunal serão cortadas ao trânsito ou parcialmente interditadas, houve um enorme reforço de meios e a polícia está de sobreaviso para potenciais distúrbios.
Em declarações ao canal de televisão norte-americano ABC, o advogado Joe Tacopina assegurou que Trump não vai ser algemado no tribunal - graças a um acordo entre a Defesa e o procurador do caso - e como tem direito a segurança oficial terá acompanhamento permanente de agentes dos Serviços Secretos.
Além disso, acrescenta o advogado, o edifício vai ser fechado durante a audição. Donald Trump vai declarar-se inocente e a defesa garante desde já que não está disposta a aceitar quaisquer acordos que a acusação possa apresentar.
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Nos Estados Unidos o grande júri é utilizado para questões particularmente controversas e a sua missão é determinar se existem provas suficientes para investigar um possível crime.
Paralelamente ao processo em Nova Iorque, o Departamento de Justiça está a investigar o tratamento de milhares de documentos oficiais, incluindo cerca de 300 classificados retirados da Casa Branca no final do mandato de Trump, em janeiro de 2021, e encontrados por agentes do FBI em agosto durante uma busca à sua casa em Mar-a-Lago, no estado da Florida.