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A doença da lepra continua a fazer vítimas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2021, foram diagnosticados mais de 140.000 casos, mas em Portugal a doença já foi erradicada. Este domingo, assinalam-se 70 anos do Dia Mundial dos Doentes da Lepra, instituído pelas Nações Unidas.
As primeiras referências escritas sobre a doença da lepra datam de 1500 a.C. Considerada castigo divino por muito tempo, só no século XX, na década de 40, é que se criou o primeiro medicamento: a sulfona. Contudo, a cura definitiva da lepra só chegaria a partir de 1980.
Ouça aqui a conversa da TSF com Vítor Borges
Um século antes, em 1873, o médico norueguês Gerhard Hansen identificou o bacilo responsável pela doença. Apesar dos avanços médicos e da prevenção da doença, que não é hereditária, mas contagiosa, segundo a OMS, ainda no ano de 2021, foram diagnosticados 140.594 novos casos, em 143 países, nomeadamente, Índia, Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo e Moçambique.
Em entrevista à TSF, Vítor Borges, presidente da Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF), recorda que esta associação existe desde 1987 e exerce atividade em vários países: Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Além disso, apoia também outros locais, como Madagáscar, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.
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Vítor Borges adianta que em Portugal, "já não existe" esta doença. "Está completamente erradicada em Portugal, os poucos casos que existem não chegam a uma dezena e são importados de outros países e tratados pelo Serviço Nacional de Saúde."
A APARF combate esta doença, que ainda faz milhares de vítimas pelo mundo, através de donativos.