Londres diz que enviou propostas para rever acordo do Brexit

Governo diz que enviou documentos que refletem as ideias que o Reino Unido tem avançado.

O Governo britânico anunciou esta quarta-feira que enviou propostas escritas à União Europeia (UE) sobre como rever o acordo de divórcio rejeitado pelo parlamento britânico. O Governo "enviou documentos técnicos confidenciais que refletem as ideias que o Reino Unido tem avançado", lê-se num comunicado de Downing Street que precisa tratar-se de "non-papers", o que significa que são documentos oficiosos, que se destinam a ser discutidos e não constituem propostas formais.

O anúncio de Londres foi feito pouco depois de a Comissão Europeia ter divulgado que recebeu "documentos" do Reino Unido que serão discutidos a nível técnico entre esta quinta-feira e sexta-feira. As discussões terão também lugar a nível político, uma vez que Michel Barnier, o negociador-chefe comunitário, vai encontrar-se com o ministro do Brexit" na sexta-feira em Bruxelas, segundo Mina Andreeva, a porta-voz principal do executivo comunitário.

Ele ocorre, por outro lado, um dia depois de o primeiro-ministro finlandês, Antti Rinne, cujo país preside à UE neste semestre, ter afirmado que o Reino Unido tem de apresentar propostas até ao fim de setembro ou "está tudo acabado".

"Se o Reino Unido quer discutir alternativas ao acordo de saída existente, então elas têm de ser apresentadas até ao fim do mês", disse Rinne, citado pela emissora pública finlandesa YLE.

Um porta-voz do Governo britânico, liderado por Boris Johnson, reagiu recusando cumprir "um prazo artificial", mas adiantando que entregaria propostas quando o país estivesse pronto. Na conferência de imprensa desta quinta-feira, a porta-voz da Comissão negou igualmente que os 27 tenham estabelecido 30 de setembro como prazo limite para que o Reino Unido apresente as suas "propostas alternativas".

"Já li que [o prazo] eram 14, 13, 12 dias... O único que posso dizer é que cada dia conta. Se não há datas precisas a ser mencionadas, é porque não há um deadline", esclareceu, apontando apenas o Conselho Europeu de 17 e 18 de outubro como "um marco" importante no processo da saída do Reino Unido da União Europeia, agendada para 31 de outubro.

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