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Mais de 220 migrantes que tentavam chegar às ilhas Canárias, em Espanha, foram resgatados na noite passada, anunciaram esta sexta-feira as autoridades marítimas locais, adiantando que as pessoas foram levadas para o porto de Arguineguín, na Gran Canaria.
Os 222 migrantes - entre os quais 35 mulheres e sete crianças - eram, na sua maioria, de origem magrebina ou subsaariana e estavam em quatro embarcações, algumas delas com mais de 70 pessoas a bordo, avançaram as equipas de resgate.
Ao chegar ao porto, seis dos migrantes foram levados para o hospital: dois homens com ferimentos nos pés, duas mulheres grávidas e uma mãe e o respetivo filho.
Os resgates foram realizados com a ajuda de três embarcações das autoridades marítimas espanholas, tendo sido também mobilizados um helicóptero e um avião para controlar uma pequena faixa de mar localizada ao sul de Gran Canaria e da ilha de Fuerteventura, devido ao número elevado de alertas recebido.
A rota da África Ocidental, que atravessa o oceano Atlântico e a costa oeste de África até às Canárias, é conhecida por ser extremamente perigosa, por causa das fortes correntes marítimas.
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Mesmo com tais perigos, esta rota tem atraído cada vez mais migrantes, sobretudo provenientes de países da África subsaariana, que desejam chegar ao território europeu, a grande maioria a bordo de embarcações muito precárias e sobrelotadas.
Já na quinta-feira, as autoridades espanholas (Salvamento Marítimo) tinham resgatado outros 196 migrantes, oriundos do norte de África, de três embarcações ao largo das ilhas Canárias, que também foram levados para o porto de Arguineguín.
Espanha, a par da Grécia, Itália, Malta ou Chipre, é um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa.