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O navio "Geo Barents", da organização Médicos sem Fronteiras (MSF), com 322 migrantes resgatados no Mediterrâneo recebeu durante a noite autorização das autoridades italianas para desembarcar no porto de Augusta, na Sicília, após vários dias de espera.
A organização não-governamental tinha feito no domingo um novo apelo para que os países da zona concedessem um porto para desembarcar, pois as condições físicas e mentais dos migrantes começavam a preocupar.
O responsável da equipa de resgate do navio, Iasonas Apostolopoulos explicou, num vídeo, que no barco estão 95 menores, 84 deles não acompanhados, e que há casos de queimaduras por gasolina, feridas devido ao sol e desidratação e que, "alguns necessitam cuidados especiais que só podem receber em terra".

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Os migrantes foram resgatados na chamada rota do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção a Itália, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.
Perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália está a assumir neste momento todo o fluxo de migrantes da rota central.
Desde o início do ano que em Itália já desembarcaram 32.806 migrantes, muito mais do que os 15.406 em 2020 e os 4.265 em 2019.
Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações pelo menos 896 pessoas morreram no mar quando tentavam chegar a Itália, no primeiro semestre deste ano.