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A secretária da Educação norte-americana, Betsy DeVos, apresentou na quinta-feira a demissão, a segunda no executivo de Donald Trump depois dos incidentes no Capitólio por apoiantes do Presidente cessante.
"É inegável que a sua retórica teve impacto na situação, e isso é um ponto de viragem para mim", escreveu DeVos numa carta enviada a Donald Trump, citada por vários órgãos de comunicação norte-americanos, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
A controversa multimilionária estava em funções desde o início do mandato de Trump.

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Horas antes, a secretária dos Transportes, Elaine Chao, já tinha anunciado a demissão, invocando igualmente a invasão do Congresso dos Estados Unidos, na quarta-feira, que provocou quatro mortos e dezenas de feridos.
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"O nosso país passou por um acontecimento traumático, totalmente evitável (...), que me perturbou tanto que não posso ignorá-lo", disse, em comunicado, Elaine Chao, casada com o senador Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Pelo menos cinco pessoas morreram na invasão do edifício, segundo a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump, utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.

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O Congresso acabaria por ratificar na quinta-feira a vitória de Joe Biden, na última etapa antes de ser empossado, em 20 de janeiro.
O recurso à 25.ª Emenda da Constituição para afastar Donald Trump da Casa Branca, acusado de incitar os apoiantes à invasão do Capitólio, está a ser defendido por numerosas vozes nos EUA, nomeadamente pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
Os líderes democratas querem que o vice-presidente Mike Pence afaste desta forma Trump, assumindo a presidência interina, para impedir o Presidente cessante de atuar nas duas últimas semanas do mandato.