Marcelo "chocado" com "terrível naufrágio" que matou pelo menos 59 pessoas em Itália

Relatos dos sobreviventes apontam para uma lotação de 150 a 250 pessoas no barco acidentado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confessou-se este domingo "chocado" com o naufrágio ocorrido na madrugada deste domingo da cidade italiana de Crotone, na Calábria, no sul de Itália, que matou pelo menos 59 migrantes.

Numa nota publicada no site da Presidência pode ler-se que o chefe de Estado está "chocado com mais este desastre" e "lamenta as dezenas de vidas humanas perdidas no mar".

Marcelo Rebelo de Sousa já enviou "uma mensagem ao Presidente italiano, Sergio Mattarella", a propósito do acidente.

Ainda há alguma incerteza quanto ao número de vítimas, em especial devido aos diferentes relatos dos sobreviventes quanto às pessoas que viajavam no barco que naufragou.

O número de passageiros adiantado por sobreviventes varia entre 150 e 250, disseram elementos das equipas de socorro, admitindo haver dificuldades de comunicação com os migrantes por causa da língua.

A imprensa italiana noticiou que os migrantes são do Iraque, Irão, Síria e Afeganistão, depois de inicialmente também ter sido referida a presença de paquistaneses.

Segundo a guarda costeira, o barco partiu-se nas rochas a poucos metros da costa, numa altura em que o mar estava muito agitado.

As imagens da polícia italiana mostravam destroços de madeira espalhados ao longo de uma centena de metros da praia, onde muitos socorristas e sobreviventes estavam à espera de serem transferidos para um centro de receção.

A localização geográfica da Itália torna-a um destino privilegiado para os requerentes de asilo que se deslocam do Norte de África para a Europa e Roma há muito que se queixa do número de chegadas no seu território.

Em reação a esta tragédia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, pediram aos Estados-membros que acelerem um acordo sobre política migratória.

Segundo o Ministério do Interior, quase 14.000 migrantes desembarcaram em Itália desde o início do ano, contra cerca de 5200 durante o mesmo período do ano passado e 4200 em 2021.

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