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Milhares de pessoas receberam este sábado ordens para abandonar as casas nas proximidades de um vulcão, que começou a lançar cinzas e vapor de água, nas Filipinas.
O vulcão Taal, situado a cerca de 50 quilómetros a sul de Manila, entrou em erupção às 07h22 (23h33 de sexta-feira em Lisboa), indicou o Instituto de Vulcanologia e Sismologia filipino, em comunicado.
Outras erupções são possíveis, o que poderá desencadear fluxos vulcânicos perigosos e rápidos de gás, cinzas e detritos, bem como um tsunami, alertou o Instituto, no mesmo comunicado.
A agência sismológica recomendou "fortemente a retirada" dos residentes de comunidades vulneráveis em redor do lago, e elevou o nível de alerta de dois para três. O Taal situa-se numa pequena ilha formada no interior de um lago.
A erupção inicial foi seguida de "atividade freatomagmática quase contínua", com colunas de cinzas e vapor de água de 1500 metros de altura.
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Uma erupção freatomagmática ocorre quando rocha derretida entra em contacto com água subterrânea ou superficial, disse uma cientista da agência, comparando este tipo de erupção com o que acontece quando se deita "água num fogão quente".
Princess Cosalan acrescentou que as emissões de cinza e vapor tinham diminuído algumas horas depois da erupção inicial, mas indicou que os sensores do instituto, no local, continuavam a detetar tremores vulcânicos, sendo "possível ocorrer outra erupção".
"Há uma intrusão de magma na cratera principal que pode promover erupções sucessivas", avisou a agência.
Os residentes de cinco aldeias receberam ordens para abandonar as casas, disse o porta-voz da defesa civil regional, Kelvin John Reyes.
Mais de 12 mil pessoas vivem nestas aldeias, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis.
A polícia foi já destacada para impedir a entrada de pessoas nas áreas de alto risco.
Taal é um dos vulcões mais ativos do país, localizado no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica.
O acesso à ilha vulcânica, outrora lar de vários milhares de pessoas, foi proibido em janeiro de 2020, quando uma erupção lançou cinzas, a 15 quilómetros de altura, e lava incandescente sobre dezenas de casas, matando gado, e obrigou a deslocar dezenas de milhares de pessoas.