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Milhares de pessoas ofereceram-se para adotar a bebé que nasceu debaixo dos escombros de um edifício que colapsou na Síria, na segunda-feira, depois do sismo de magnitude 7.8 com epicentro na Turquia.
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O hospital para onde levada a bebé a quem foi dado o nome Aya - que em português significa sinal de Deus ou milagre - está a ser inundado com chamadas e mensagens nas redes sociais, mas o diretor do hospital, o médico Khalid Attiah, assegura que quando a bebé tiver alta será entregue a familiares.
Para já, Aya mantém-se no hospital de Afrin e está a ser amamentada pela mulher de Khalid Attiah, lado a lado com a sua própria filha de quatro meses. "Não vou deixar que ninguém a adote. Até que a família mais distante regresse, vou tratá-la como a minha própria filha", prometeu o médico, citado pela BBC.

© Rami al Sayed/AFP
Aya foi resgatada dez horas depois do sismo. Terá nascido já sob os escombros e quando foi encontrada ainda estava ligada à mãe pelo cordão umbilical. A mãe, o pai e os quatro irmãos não sobreviveram.
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Quando chegou ao hospital, a bebé estava ferida e respirava com dificuldade. Agora está em situação estável.
Aya foi levada para o hospital por Khalil al-Suwadi, um familiar afastado que estava presente no momento do resgate, mas em princípio será entregue aos cuidados de um tio-avô, Salah al-Badran, que se encontra a viver numa tenda de campanha.
Em declarações à Associated Press, explicou que "depois do sismo, ninguém pode viver na sua casa ou prédio", porque com as centenas de réplicas todos são inseguros.
Esta quinta-feira, na TSF, a Unicef alertou para a situação de milhares de crianças que podem acabar sozinhas depois dos sismos que atingiram a Turquia e a Síria. Está a decorrer uma campanha para angariação de donativos aqui.