Lojas estão a ser vedadas por proteção, em Nova Iorque
eleições eua 2020

Montras tapadas em Nova Iorque à espera de protestos pós-eleitorais

Como mais vale prevenir, lojas e hotéis de Manhattan cobriram as fachadas, para se protegerem de eventuais incidentes depois das eleições desta terça-feira.

Algumas lojas não vão abrir esta terça-feira, para que os funcionários possam ir votar. Outras admitem fechar mais cedo. Muitas colocaram contraplacados de madeira para se protegerem de eventuais incidentes após as eleições.

Desde algumas lojas e hotéis junto a Madison Square Garden, descendo a 5.ª e 6.ª Avenidas, até quase todas as lojas no Soho, marcas como a Louis Vuitton, Channel, Dior, Macy"s ou Tiffanys têm as montras entaipadas.

O gerente de uma loja de roupa, Yusuke Namakura, conta que "o administrador do prédio enviou-nos um e-mail, a fazer uma forte recomendação para nos protegermos. Depois das eleições, pode haver alguns protestos."

Quase todo o bairro do Soho tomou medidas preventivas, até porque esta foi a zona onde os protestos pela morte do afro-americano George Floyd, no início de Junho, provocaram danos avultados em vários estabelecimentos, com montras destruídas.

Ainda assim, Yusuke Namakura não está preocupado. Vai abrir a loja, mas admite fechar mais cedo, se "as coisas não estiverem muito bem".

Outro comerciante em Chinatown, Patrick Mock, explica que a decisão de proteger as montras se deve também aos contratos com as seguradoras. "Se as lojas não estiverem tapadas, não estão cobertas pelo seguro." No entanto, Patrick não segue o exemplo dos comerciantes do Soho. "Acredito na bondade das pessoas", justifica, "e tenho coisas mais importantes com que me preocupar", referindo-se à crise provocada pela Covid-19.

O gestor de uma padaria, que ofereceu refeições gratuitas durante o período mais grave da pandemia, diz que está em modo de sobrevivência, o que não o impede de cumprir uma tradição de família. Desde que a mãe adquiriu a nacionalidade norte-americana há quatro anos, é uma "espécie de dever votarmos todos juntos". Como sempre, a família Mock vai votar cedo, mas este ano, Patrick acredita que vai ter de ficar na fila.

* A autora não segue as regras do novo acordo ortográfico.

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