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O músico Neil Young, de origem canadiana e recentemente naturalizado norte-americano, apelou ao voto no candidato socialista Bernie Sanders para as presidenciais de novembro, ao considerar que Donald Trump é uma "vergonha" para o seu país.
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Através de uma carta aberta divulgada esta quarta-feira na sua página internet, o célebre cantor fustigou a destruição pelo Presidente norte-americano dos "nossos recursos naturais partilhados, do nosso ambiente e das nossas relações com os nossos amigos em todo o mundo".
"Sois uma vergonha para o meu país", afirmou. "Não julgo as pessoas que votaram em si. Apoio o seu direito a expressarem-se, mesmo se lhes mentiram e acreditaram nessas mentiras são verdadeiros americanos", acrescentou o músico de 74 anos.
O "rocker" canadiano, que viveu nos Estados Unidos durante décadas, obteve recentemente a nacionalidade norte-americana, designadamente para poder votar nas próximas eleições presidenciais. Na sua carta, Young faz um apelo para o apoio a Bernie Sanders, candidato à investidura democrata, ao considerar que ele procura "proteger diretamente o futuro" dos mais novos.
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O músico também criticou a utilização das suas canções por Donald Trump durante comícios eleitorais, apesar de admitir que nada pode fazer para o impedir.
"Cada vez que Keep on Rockin in the Free World ou outra canção é emitida nos vossos comícios, espero que escute a minha voz. Recorde-se que é a voz de um cidadão americano que paga os seus impostos e que não o apoia", insistiu.
No passado, o Presidente dos EUA admitiu que apreciava a música de Neil Young.
"Escutei a sua música durante anos", indicou em 2008 o milionário republicano à revista Rolling Stone.
Com cerca de 40 discos em estúdio, a lenda do rock apresentou em outubro o seu último álbum intitulado "Colorado", centrado na proteção do ambiente.