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Os combates entre o Azerbaijão e as forças separatistas apoiadas pela Arménia, em Nagorno-Karabakh, fizeram pelo menos 23 mortos, incluindo sete civis, de acordo com informações de ambas as partes.
Este é o número mais "negro" desde 2016 como resultado deste conflito que já dura há mais de 30 anos.
As autoridades do território anunciaram a morte de 16 soldados separatistas, além de uma mãe e um filho, enquanto o Azerbaijão, não quis revelar o número de baixas militares, mas anunciou a morte de cinco civis.
"Após o fogo de artilharia (de separatistas arménios em Karabakh), uma família de cinco pessoas morreu na vila de Gachalty", disse a Procuradoria-Geral do Azerbaijão em comunicado.
Este é o número mais alto de mortes desde 2016, depois dos confrontos entre os beligerantes terem atingido cerca de 100 mortos no total.
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"Azerbaijão declarou guerra à Arménia"
Na altura, as hostilidades fizeram recear uma guerra aberta entre o Azerbaijão e a Arménia pelo controlo do enclave de Nagorno Karabakh.
O Arzebaijão e a Arménia acusam-se mutuamente de terem iniciado hoje as hostilidades e declararam a lei marcial, mantendo uma linguagem beligerante.
O Azerbaijão, além de ter declarado hoje a lei marcial no país, fez também saber que o recolher é obrigatório na capital, Baku, e em várias outras cidades importantes, após a escalada de violência entre separatistas de Nagorno-Karabakh apoiados pela Arménia e as forças azeris.
Ambos os lados afirmaram igualmente ter infligido perdas significativas ao adversário.
O Azerbaijão refere ter conquistado territórios, o que a Arménia nega, alegando também que o exército arménio sofreu baixas, incluindo a queda de helicópteros e a destruição de blindados.
Nagorno-Karabakh é uma região separatista do Azerbaijão, habitada principalmente por arménios e apoiada pela Arménia.
Os combates ocorrem regularmente entre separatistas e azeris, numa tensão permanente entre os executivos da capital da arménia, Erevan, e do Azerbaijão, Baku.
Território do Império Russo disputado pela Arménia e Azerbaijão durante a guerra civil após a revolução bolchevique de 1917, Nagorno-Karabakh, habitado maioritariamente por arménios, foi anexada em 1921 por Josef Estaline à República Socialista Soviética do Azerbaijão, tendo obtido, a partir de 1923, um estatuto autónomo.
A União Europeia, o Conselho Europeu, a Rússia, a França e a Alemanha já lamentaram os confrontos e pediram a cessação imediata das hostilidades, bem como o regresso à mesa de negociações.
O presidente russo, Vladimir Putin, que atua como árbitro na região, pediu o fim dos confrontos.