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O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, revela que nenhum reator foi afetado pelo ataque russo à central nuclear de Zaporizhzhia. Grossi confirmou também que o ataque provocou dois feridos.
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"É importante dizer que todos os sistemas de segurança dos seis retores da central não foram, de todo, afetados. Não houve fuga de material radioativo", afirmou.
Apenas foi atingido o "edifício adjacente" da central. Grossi adianta que a situação "continua a ser extremamente tensa".
"Indiquei tanto à Federação Russa como à Ucrânia a minha disponibilidade para viajar para Chernobyl o mais depressa possível", acrescentou, sublinhando que "ambos os lados estão a considerar" essa possibilidade. A viagem teria como objetivo negociar com a Rússia e a Ucrânia para tentar garantir a segurança das instalações nucleares da Ucrânia.
A central nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa em termos de capacidade instalada. Os seus seis reatores VVER-1000 têm capacidade de 1.000 MW. O primeiro entrou em operação em dezembro de 1984 e o sexto em outubro de 1995.
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A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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