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Um negociador russo disse este domingo que as conversações entre a Rússia e a Ucrânia estavam a fazer progressos apesar da guerra, apontando que os contactos diplomáticos aumentarem mesmo durante os combates no terreno.
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"Se compararmos a posição das duas delegações entre o início das negociações e o momento atual, vemos que há progressos significativos", disse Leonid Slutski, um membro da delegação russa que se encontrou recentemente com negociadores ucranianos na Bielorrússia.
"A minha expectativa pessoal é que este progresso conduza muito em breve a uma posição comum entre as duas delegações e que haja documentos para assinar", acrescentou o negociador, de acordo com as agências noticiosas russas citadas pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

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Desde o início da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro, já houve três rondas de conversações na Bielorrússia, tendo as reuniões abordado principalmente a questão dos corredores humanitários para a saída da população civil.
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Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kouleba, saíram das conversações na Turquia sem anunciar quaisquer progressos tangíveis, mas comprometeram-se a continuar o diálogo.
Já hoje, o conselheiro do presidente ucraniano Mykhaïlo Podoliak disse que Moscovo tinha deixado de emitir ultimatos e estava agora a "ouvir atentamente as propostas".

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As declarações do conselheiro no Twitter seguem-se às palavras de Volodymyr Zelensky, que no sábado disse que a Rússia tinha uma abordagem "fundamentalmente diferente" nas conversações, e às do próprio Vladimir Putin, que disse ter visto "progressos positivos" nas negociações.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.