OMS acredita que variante Ómicron não é mais severa do que as outras variantes

O responsável pelo programa de emergências sanitárias das Nações Unidas, Michael Ryan, defende que a Ómicron não parece ser mais severa que outras, até pelo contrário.

Investigadores da Organização Mundial de Saúde defendem agora que a variante Ómicron não "parece ser pior" do que outras estirpes do coronavírus, embora admitam que são necessários mais estudos para apurar a sua severidade. Num momento em que dezenas de países estão a reforçar as medidas de restrição devido à Ómicron, a OMS analisa que, apesar de esta variante ser "provavelmente" mais transmissível do que outras, "os primeiros dados não apontam para que seja mais severa".

"Aliás, tudo indica que terá menos gravidade", referem os altos responsáveis da organização. Também o investigador norte-americano Anthony Fauci já tinha defendido que a Ómicron não era mais perigosa do que a Delta, embora seja mais contagiosa.

A nova variante já foi detetada em 57 países, de acordo com a OMS, mas nenhuma morte foi associada a esta estirpe.

O responsável pelo programa de emergências sanitárias das Nações Unidas, Michael Ryan, em entrevista à agência France Press, revelou estar convencido de que as vacinas disponíveis são eficazes para enfrentar esta nova variante: "Espero realmente que as vacinas que temos atualmente sejam eficazes contra doença grave e internamentos. Claro que temos de medir e de confirmar se há alguma falha nessa proteção, mas espero que proteja. Por isso a vacinação é tão importante, é a melhor arma que temos."

Michael Ryan afirmou que é necessário combater uma pandemia que se desdobra em múltiplas variantes, mas "as regras do jogo não mudaram, mantêm-se as mesmas". De acordo com o especialista, a Ómicron não parece ser mais severa que outras, até pelo contrário.

O especialista da OMS deixa, por fim, um conselho aos que têm de decidir a cada momento as medidas a tomar para combater o coronavírus. "Se for preciso ter razão para agir, então vamos perder esta guerra. Em emergências de saúde pública, a perfeição é inimiga do bom."

"A velocidade é mais importante do que a perfeição. O problema da sociedade de hoje é que todos têm medo de errar, medo das consequências, mas o erro maior é não agir e ficar paralisado pelo medo."

"Não há razão para duvidar" de que as vacinas atuais protegem os doentes infetados com Ómicron contra formas graves de Covid-19, indicou também o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan. "Temos vacinas muito eficazes que se mostram potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso" com a Ómicron, disse Michael Ryan, frisando que se está no início de estudos de uma variante detetada apenas a 24 de novembro.

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