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A diretora-executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) admitiu esta quinta-feira estar "profundamente preocupada" com os incêndios na Europa e América do Norte, recomendando reduzir drasticamente emissões de gases com efeito estufa e investir mais na prevenção.
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"Embora os incêndios florestais sejam um processo normal e até essencial na natureza, não há nada de normal ou natural nos incêndios que estamos a ver agora", disse Inger Andersen, em comunicado divulgado esta quinta-feira pela instituição das Nações Unidas com sede em Nairobi.
"A ciência diz-nos que estes incêndios enormes e trágicos são uma consequência inevitável e crescente da crise climática", lamentou a diretora do PNUMA.
De acordo com Andersen, os "efeitos de longo prazo" desses incêndios na poluição do ar e na perda de biodiversidade, bem como os impactos na saúde humana, são "muito preocupantes".
"É altura de agir para evitar que os incêndios se agravem", defendeu a especialista em ambiente, que recomendou reduzir drasticamente as emissões de gases com efeito estufa e apostar em fontes de energia mais verdes.
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Andersen pediu ainda mais investimentos dos países para prevenir incêndios, além de trabalho conjunto das comunidades locais e de povos indígenas para aproveitar os seus conhecimentos, e também compromissos globais para travar a evolução da crise e dar tempo aos ecossistemas para se adaptarem e restaurarem.
As previsões da ONU indicam que, se as tendências atuais não mudarem, o aquecimento global e as mudanças no uso da terra, por exemplo para crescimento das cidades, farão com que o número de "incêndios extremos" aumente 14% até 2030 e 50% até ao final deste século.