Papa ofereceu-se para ir a Moscovo falar com Putin, mas Kremlin não respondeu

O Papa Francisco compara a guerra na Ucrânia ao genocídio do Ruanda.

O Papa Francisco diz que se ofereceu para viajar para Moscovo e encontrar-se com Vladimir Putin, mas não teve qualquer resposta por parte do Kremlin.

Em declarações ao jornal italiano Corriere della Sera, o líder da Igreja Católica diz que o diplomata do Vaticano, o cardeal Parolin, enviou uma mensagem ao Presidente russo 20 dias depois do início da invasão, a 24 de fevereiro.

"Ainda não recebemos resposta, mas continuamos a insistir, mesmo que tema que Putin não possa e não queira ter este encontro agora", aponta, comparando a "brutalidade" russa com o genocídio do Ruanda.

Francisco explica que decidiu falar primeiro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, logo no primeiro dia de guerra e só mais tarde contactar Putin para "fazer um gesto claro para o mundo inteiro ver".

O Papa revelou ainda que falou com Kirill, o líder da Igreja Ortodoxa russa, durante uma videochamada de 40 minutos e teceu críticas ao patriarca: "Não pode transformar-se no "acólito de Putin".

Sobre a NATO, Francisco diz que Moscovo reagiu "a ladrar à porta da Rússia".

O Papa tem feito vários apelos à paz e ao acolhimento de refugiados, mas esta é a primeira vez que fala sobre Putin ou a Rússia desde que a guerra começou. A última vez que conversou ao telefone com Putin, revela, foi no dia do seu aniversário, em dezembro.

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