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A China anunciou esta terça-feira a intensificação da campanha de vacinação contra o vírus SARS CoV-2 junto de pessoas com mais de 80 anos.
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A Comissão Nacional da Saúde comprometeu-se transmitindo um aviso que indica "o incremento de campanhas de vacinação a pessoas com mais de 80 anos" acrescentando que vai também aumentar a inoculação da população entre os 60 e os 79 anos de idade.
O anúncio das autoridades sanitárias da República Popular da China ocorre numa altura em que se regista contestação ao regime por causa das medidas de confinamento adotadas por Pequim.
No fim de semana, centenas de moradores em Pequim saíram à rua, rompendo as medidas de prevenção epidémica vigentes, a que estavam sujeitos, enquanto manifestações se alastraram por várias cidades chinesas contra a imposição de medidas de confinamento.
Em alguns casos, os manifestantes lançaram palavras de ordem contra o líder chinês, Xi Jinping, e o Partido Comunista da China.
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"As pessoas em toda a China estão a assumir riscos extraordinários para exigir os seus direitos humanos", disse Yaqiu Wang, investigador sénior da Human Rights Watch na China, urgindo as autoridades de Pequim a "permitir que todos expressem pacificamente as suas opiniões".
No comunicado, a organização lembra as diversas manifestações de protesto pacíficas que se multiplicaram nos últimos dias contra as restrições sanitárias, incluindo moradores no bairro de Urumqui, em Pequim, ou estudantes em diversas cidades chinesas.
De seguida, a Human Rights Watch diz ter tido acesso a imagens de vídeo que circulam na Internet e que mostram "dezenas de polícias" a chegar a locais de protesto para "dispersar a multidão, de forma violenta".