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O FBI divulgou esta semana um relatório no qual revela um possível plano para assassinar a rainha Isabel II de Inglaterra durante uma visita oficial aos Estados Unidos em 1983, avançou esta sexta-feira a imprensa internacional.
Segundo o documento, um polícia de São Francisco (Califórnia) entrou em contacto com o FBI para informar que tinha conhecido um homem num pub irlandês que, em várias ocasiões, mencionou a possibilidade de fazer justiça pelas próprias mãos e atentar contra a vida da monarca britânica por vingança pela morte da sua filha.
Esta fonte explicou que o suspeito, perto de um mês antes da visita da rainha e do seu marido, o príncipe Filipe, à Califórnia, afirmou que a sua filha "tinha sido morta na Irlanda do Norte por uma bala de borracha", segundo relatou esta sexta-feira a estação pública britânica BBC.
Naquela época, a Irlanda do Norte era palco de conflitos entre os partidários da reunificação da ilha e os fiéis a Londres (nacionalistas e unionistas).
"Ele ia tentar atacar a rainha Isabel II e faria isso atirando um objeto da ponte Golden Gate até ao Royal Yacht Britannia quando este passasse debaixo dela, ou tentaria matar a rainha quando esta visitasse o Yosemite National Park", explicou a fonte, segundo o relatório do FBI.
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Por esse motivo, o acesso à ponte foi interdito quando a embarcação real se aproximou.
As medidas de segurança tomadas em Yosemite não foram referidas no relatório.
O documento de perto de cem páginas foi divulgado esta semana no Vault, o portal do FBI, depois de um pedido de vários meios de comunicação com base na Lei da Liberdade de Informação.
Não foi a primeira vez que o FBI expressou preocupações relativamente à segurança da então monarca britânica em visitas oficiais aos Estados Unidos, tendo o mesmo acontecido em 1976, em Nova Iorque, e em 1989, antes de Isabel II viajar para o Kentucky.
A rainha Isabel II morreu a 8 de setembro do ano passado, aos 96 anos e após 70 anos de reinado.