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A chefe da polícia de Memphis, Estados Unidos, anunciou no sábado o desmantelamento da unidade a que pertenciam os agentes apanhados num vídeo a espancar Tyre Nichols, que acabou por morrer três dias depois num hospital.
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Cerelyn Davis disse que foram ouvidos os familiares de Nichols, líderes comunitários e agentes da polícia.
O vídeo do espancamento fatal do jovem Tyron Nichols por cinco polícias em Memphis, no estado norte-americano do Tennessee, desencadeou protestos em várias cidades dos Estados Unidos na sexta-feira. Centenas de pessoas saíram para protestar em Nova Iorque, Atlanta, Washington D.C. e Detroit.
A polícia divulgou o vídeo das agressões dos polícias a Nichols, mandado parar por uma alegada violação de trânsito. As imagens mais marcantes são as captadas por uma câmara de vigilância instalada num poste de iluminação pública, onde se pode ver como os agentes pontapearam Nichols, inclusive na cabeça, e lhe bateram com um bastão.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, mostrou-se "indignado" após visualizar os vídeos e apelou às pessoas para que não recorressem à violência para exprimir a sua raiva "justificável".
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Os agentes envolvidos no espancamento foram demitidos do departamento de polícia e enfrentam uma série de acusações criminais pela morte de Nichols.
O Procurador-Geral, Merrick Garland, prometeu na sexta-feira uma investigação à morte de Nichols e apelou também a que quaisquer protestos fossem pacíficos.
A polícia nos EUA tem sido acusada por organizações de direitos humanos de uso desproporcionado da violência contra a população negra no país.
Quase um terço de todas as pessoas mortas pela polícia nos EUA em 2021 era afro-americanas, apesar de representarem apenas 13% da população do país.