Portugal já concedeu 43 pedidos de proteção temporária a cidadãos russos que viviam na Ucrânia

O regime de proteção temporária aplica-se aos ucranianos, mas também a pessoas de outras nacionalidades, desde que residam na Ucrânia.

Não são só ucranianos que estão a chegar a Portugal por causa da guerra. Também há russos a fugir do conflito. Numa resposta à TSF, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) revela que, desde o início da guerra, Portugal já acolheu 43 cidadãos russos que viviam na Ucrânia.

"O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras informa que já concedeu, desde o início do conflito na Ucrânia, 43 pedidos de proteção temporária a cidadãos russos que residem ou residiam na Ucrânia", lê-se numa nota enviada à TSF.

Estes cidadãos russos chegaram ao abrigo do regime de proteção temporária, ativado pela União Europeia pela primeira vez. Este regime aplica-se aos ucranianos, mas também a pessoas de outras nacionalidades, desde que vivam na Ucrânia.

Segundo a última atualização feita à Lusa pelo SEF, Portugal concedeu até quarta-feira 11.803 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.

Estes 11.803 pedidos de proteção temporária foram feitos no SEF desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro.

O SEF tem uma plataforma online, em três línguas diferentes, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.

A plataforma 'SEFforUkraine.sef.pt' "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer 'online' um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF.

No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos que a requeiram têm acesso aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, pelo que podem beneficiar assim destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.

A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspetos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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