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O Presidente de Angola, João Lourenço, acompanha com bastante preocupação o estado de saúde do seu antecessor. José Eduardo dos Santos está internado, em Barcelona, em estado considerado muito crítico. Em Lisboa, numa visita à sede da CPLP (Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa), o chefe de Estado angolano não adiantou pormenores, mas reconhece que, de Espanha, não têm chegado boas notícias sobre o antigo presidente da República. É um caso que tem merecido especial atenção de João Lourenço.
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"Temos acompanhado muito de perto. Podemos dizer apenas que a situação é preocupante porque mais do que isso só as equipas médicas é que poderão pronunciar-se. Não somos médicos, mas estamos a acompanhar com bastante preocupação e a prova disso é que despachei hoje, a partir daqui de Lisboa, Téte António, ministro das Relações Exteriores de Angola para Barcelona", afirmou, sublinhando que tem estado em contacto com a família de José Eduardo dos Santos.
"Foi pública a chamada que realizei à senhora dona Ana Paula dos Santos a semana passada, isso evidencia que o contacto com a família existe."
José Eduardo dos Santos está internado numa clínica em Barcelona e encontra-se em coma depois de ter sofrido uma queda e já depois de ter recuperado de uma infeção de Covid-19.
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O antigo Presidente encontra-se há alguns dias nos cuidados intensivos, no Centro Médico Teknon, em Barcelona, Espanha, em coma induzido.
Ao longo dos últimos meses, tem estado acompanhado por alguns dos seus filhos. O ex-presidente, de 79 anos, tem problemas de saúde há vários anos e tem sido acompanhado em Barcelona desde 2006.
Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos Presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.
Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1975.