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O Presidente do Haiti Jovenel Moise foi assassinado na madrugada desta quarta-feira em sua casa por um grupo de homens armados. A informação foi avançada pelo primeiro-ministro do país, Claude Joseph.
"O presidente foi assassinado em sua casa por estrangeiros que falavam inglês e espanhol. Atacaram a residência do Presidente da República", disse o primeiro-ministro.
A habitação do Presidente terá sido assaltada por homens armados que dispararam vários tiros. A primeira-dama ficou ferida e foi hospitalizada.
Claude Joseph pediu calma à população e garantiu que a polícia e o exército estão encarregados de manter a ordem. O primeiro-ministro condenou o que designou de "ato odioso, desumano e bárbaro".
"A situação de segurança está sob controlo", assegurou.
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Vindo do mundo dos negócios, Jovenel Moise, 53 anos, foi eleito presidente em 2016 e assumiu o cargo a 7 de fevereiro de 2017.
O Haiti, a nação mais pobre do continente americano, regista problemas económicos, políticos, sociais e de insegurança, nomeadamente com raptos para a obtenção de resgates realizados por gangues que quase sempre ficam impunes.
O país ainda tenta recuperar do devastador terramoto de 2010 e do furacão Matthew em 2016.
A inflação tem aumentado e os alimentos e combustível escasseiam no país das Caraíbas com mais de 11 milhões de habitantes, 60% dos quais ganha menos de dois dólares (1,69 euros) por dia.
A situação levou Moise a ser acusado de inação e a enfrentar uma forte desconfiança de boa parte da sociedade civil.
Num contexto que fazia temer a anarquia generalizada, o Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos e a Europa apelaram à realização de eleições legislativas e presidenciais livres e transparentes até ao final de 2021.
Jovenel Moise tinha anunciado na segunda-feira a nomeação de um novo primeiro-ministro, Ariel Henry, precisamente com a missão de realizar eleições no país.