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O nome de Donald Trump vai ser impresso nos cheques que o Governo norte-americano vai dar aos cidadãos como apoio para atenuar o impacto da pandemia do novo coronavirus.
Esta é uma decisão inédita que ameaça atrasar as entregas do apoio financeiro. A história é contada esta quarta-feira pelo jornal Washington Post .
A ordem foi dada pelo Departamento do Tesouro: o nome de Donald Trump tem de aparecer nos cheques de 1200 dólares (1095 euros) que vão ser entregues a milhões de norte-americanos.

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Funcionários do Governo disseram à publicação norte-americana que o Presidente chegou a sugerir que os cheques tivessem a sua assinatura, mas o procedimento não é legal.
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Os cheques serão então assinados por um funcionário das finanças, como é habitual. Mas, no canto superior esquerdo, poder-se-á a expressão "pagamento de impacto económico", e, logo abaixo, o nome do chefe de Estado dos EUA: Donald J. Trump.
A decisão obrigou a mudanças informáticas que podem atrasar a emissão e entrega dos cheques. Uma equipa ocupa-se de alterar, em teletrabalho e sob a pressão do tempo, os códigos de impressão e de acrescentar uma linha para o nome.
Esta será a primeira vez que os cheques do Tesouro aparecem com o nome do Presidente. Nunca tal tinha acontecido, nem em reembolsos regulares ou extraordinários como os da crise de 2008, quando o Presidente era George W Bush.
Ao todo, 150 milhões de americanos vão receber o apoio do Governo. Os cheques destinam-se a contribuintes sem informação bancária; na maioria, famílias de poucos recursos, que vão receber o dinheiro até setembro, dois meses antes das eleições.
Os primeiros pagamentos a 80 milhões de contribuintes já foram feitos por transferência bancária; neste caso, sem qualquer referência ao nome do Presidente norte-americano.