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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou esta terça-feira o Papa Francisco a atuar como mediador nas negociações do conflito que opõe Ucrânia e Rússia e que se iniciou após a invasão russa do país vizinho.
"Apreciaríamos o papel de mediador da Santa Sé para acabar com o sofrimento humano" na Ucrânia, publicou Zelensky no Twitter, após uma conversa telefónica com Papa. Antes, o Kremlin considerou que as negociações atuais com Kiev não foram suficientemente "substanciais".
Talked to @Pontifex. Told His Holiness about the difficult humanitarian situation and the blocking of rescue corridors by Russian troops. The mediating role of the Holy See in ending human suffering would be appreciated. Thanked for the prayers for Ukraine and peace. pic.twitter.com/wj4hmrTRGd
O presidente ucraniano informou o Papa "sobre a situação humanitária difícil e o bloqueio dos corredores humanitários pelas tropas russas" e agradeceu as "orações pela Ucrânia e pela paz" feitas pelo líder da Igreja Católico.
Zelensky pediu, num vídeo divulgado esta terça-feira, ao Papa que se desloque à Ucrânia, porque "neste momento muito importante".
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"Acredito que podemos organizar esta importante visita que dará um apoio significativo a cada um de nós, a cada ucraniano", reforça Zelensky.
Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, que deixou milhares de mortos, principalmente civis, o Papa Francisco reiterou os apelos à paz. Durante uma oração pública a 16 de março, o líder da Igreja pediu perdão a Deus em nome dos humanos que "continuam a beber o sangue dos mortos destruídos pelas armas".
A Ucrânia, um país maioritariamente ortodoxo, conta com uma importante minoria greco-católica dependente do Vaticano, concentrada, principalmente, na parte ocidental do país.
Quase 9% dos ucranianos afirmam pertencer à Igreja Católica, enquanto 58% reveem-se como parte da Igreja Ortodoxa independente e 25% como parte do Patriarcado de Moscovo, segundo um estudo de 2021.
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