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O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu, esta quarta-feira, aos judeus de todo o mundo para que "não permaneçam em silêncio" depois do ataque de terça-feira contra a torre de televisão de Kiev, construída no local de um massacre do holocausto.
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"Estou a falar agora aos judeus do mundo inteiro. Não veem o que está a acontecer? É por isto que é muito importante que os judeus do mundo inteiro não permaneçam em silêncio agora", afirmou Zelensky.
Baby Yar, onde fica a torre de televisão atacada, foi o local nos arredores de Kiev onde as tropas da Alemanha nazi massacraram milhares de judeus e cidadãos de origem cigana em 1941.

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Além do apelo, o presidente da Ucrânia acusou Moscovo de querer "apagar" o seu país e a sua história com a invasão ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada.
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"Eles têm ordem para apagar a nossa história, apagar o nosso país, apagar-nos a todos nós", afirmou o Presidente ucraniano num vídeo, no qual pediu também aos países para que não permaneçam neutros no conflito.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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