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O Serviço Meteorológico da Alemanha (DWD) prevê chuvas fortes no próximo sábado e domingo nas regiões atingidas por tempestades durante o passado fim de semana, onde as enchentes causaram pelo menos 125 mortos, segundo o balanço mais recente.
O DWD refere que podem "formar-se tempestades" depois do meio-dia do próximo sábado e que se podem expandir nas regiões da Renânia-Palatinado até ao fim do mesmo dia.
Na quarta-feira, o último balanço oficial indicava 125 vítimas mortais das cheias provocadas pelas chuvas do passado fim de semana, na região ocidental da Alemanha.
No total, morreram 174 pessoas em todo o país devido ao temporal.
Na Bélgica as fortes chuvas e as inundações fizeram 31 vítimas mortais.
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As autoridades alemãs montaram uma base para as equipas de socorro numa instalação de desporto automóvel em Nuerburgring.
Mais de 4500 pessoas da Proteção Civil, bombeiros e militares foram mobilizados para os locais mais afetados da Renânia-Palatinado.
Entretanto, a chanceler Angela Merkel reiterou o apelo sobre o incremento das medidas contra o aquecimento global. "Comparando as metas referentes aos valores inferiores a dois graus ou mesmo 1,5 graus os progressos são insuficientes", disse Merkel numa conferência de imprensa em Berlim.
"Isto não diz respeito apenas à Alemanha mas também a vários países. É por isso que o ritmo deve ser acelerado", afirmou.
Angela Merkel já tinha apelado domingo "à luta contra as alterações climáticas", durante uma deslocação à cidade de Schuld, Renânia-Palatinado.
A cidade foi particularmente atingida pelas inundações que atingiram a Alemanha e uma parte da Europa desde a semana passada.
"A sociedade vive alterações profundas", disse ainda Angela Merkel presente pela última vez na tradicional conferência de imprensa de verão, em Berlim, antes do final do mandato.
A chanceler, no poder desde 2005, vai abandonar o cargo após as eleições do próximo dia 26 de setembro.
Questionada sobre as medidas em matéria de clima, Merkel recordou que a Alemanha estabeleceu objetivos em maio no sentido da redução dos gases de efeito de estufa.
Berlim pretende reduzir 65% as emissões de gases de efeitos de estufa até 2030, em relação aos valores de 1990, pretendo atingir a neutralidade de carbono em 2045.
O Governo alemão foi forçado a aumentar os objetivos após a rejeição, no passado mês de abril, do plano climático inicial considerado "pouco ambicioso" pelo Tribunal Constitucional.