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O primeiro-ministro canadiano disse esta quinta-feira que "lamenta profundamente" ter escurecido o tom de pele da cara numa festa, em 2001, reagindo a uma fotografia divulgada pela revista Time, em pleno arranque da campanha eleitoral no país.
"Não o devia ter feito. Foi um erro. Lamento profundamente", afirmou Justin Trudeau, em declarações à imprensa pouco depois de a fotografia ter sido publicada, descartando, contudo, a demissão, numa altura em que é candidato a um segundo mandato.
Trudeau reconheceu que ter escurecido o tom de pele do rosto e das mãos - prática, designada em inglês como 'blackface ou 'brownface' - constitui "uma prática racista", mas salientou não estar ciente disso na época. "Estou vestido com um fato de Aladino e maquilhado. Não devia ter feito isso (...) É algo que não considerei racista na altura, mas reconheço hoje que era. E lamento imenso por isso", sublinhou.
Na foto, um jovem Justin Trudeau, de 29 anos, sorridente e na companhia de quatro mulheres, aparece com um turbante e o tom de pele do rosto e das mãos escurecido.
A foto pertence a um álbum de final de ano numa escola privada de Vancouver onde Trudeau ensinava, e foi tirada durante uma festa com o tema das Mil e uma noites.
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A campanha para as eleições legislativas no Canadá, previstas no próximo mês, arranca no sábado.
O liberal Justin Trudeau, eleito em 2015, o conservador Andrew Scheer, o social-democrata Jagmeet Singh e a ecologista Elizabeth May são os quatro principais candidatos ao cargo de primeiro-ministro do Canadá.
Líder do Partido Liberal do Canadá desde 2013, Trudeau tem desenvolvido políticas de proteção ambiental e de luta contra o aquecimento global, como um imposto nacional sobre o carbono e a nacionalização de um oleoduto.