Primeiro-ministro líbio é recebido nesta terça-feira por Emmanuel Macron em Paris

O primeiro-ministro líbio está esta semana na Europa para encontrar apoio à transição política do país. Abdel Hamid Dbeibah é recebido esta terça-feira por Emmanuel Macron e em Roma por Mário Draghi.

O primeiro-ministro do Governo de união nacional líbio, Abdel Hamid Dbeibah, é recebido esta terça-feira no palácio do Eliseu pelo Presidente Emmanuel Macron com quem deve abordar o processo de estabilização política da Líbia.

O Presidente francês deve aproveitar o encontro para reforçar o pedido para a retirada de mercenários e de militares estrangeiros na Líbia. Emmanuel Macron deve ainda garantir o apoio da França às eleições de dezembro, indicou em comunicado o Palácio do Eliseu.

A Líbia tenta sair de uma década de caos depois da queda do regime de Mouammar Kadhafi em 2011. O atual Governo de união nacional líbio, formado no início do ano sob égide das Nações Unidas, tenta garantir a transição pacífica até à data das eleições, marcadas para 24 de dezembro de 2021.

A retirada de militares estrangeiros e mercenários é um dos pontos centrais do processo de estabilização do país, uma vez que o conflito líbio foi alimentado por potências externas ao país.

A ONU estima que 20 mil mercenários e militares estrangeiros ativos se encontrem na Líbia: russos do grupos Wagner, Chadianos, sudaneses, sírios e várias centenas de militares turcos, presentes no país em resultado de acordos bilaterais rubricados pelo anterior Governo de Tripoli.

Para os americanos e os europeus, a consolidação de um processo de paz passa, sem tardar, pela retirada de forças estrangeiras - turcas e russas - que apoiaram a batalha de Tripoli entre abril de 2019 e junho de 2020. Uma prioridade estratégica para a estabilidade no Mediterrâneo.

O primeiro-ministro líbio está esta semana na Europa para encontrar apoio à transição política do país. Abdel Hamid Dbeibah é recebido esta terça-feira por Emmanuel Macron e em Roma por Mário Draghi.

Ao apoiar o primeiro-ministro líbio, Emmanuel Macron e Mario Draghi esperam conseguir ajudar a estabilizar a Líbia e controlar o fluxo migratório das costas líbias. O objetivo é que a França apoie a Itália a acordar a Tripoli financiamentos europeus para impedir travessias. Um acordo que se inspira no acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia de Erdogan.

À margem do encontro, e também presente em Paris, encontra-se o antigo ministro do interior líbio, Fathi Bachagha, que se avistou com o conselheiro para o Médio Oriente do Palácio do Eliseu, Paul Soler, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian. "Um Presidente eleito num sufrágio universal direto terá toda a legitimidade para impor a retirada de mercenários estrangeiros", garantiu o antigo ministro do Interior.

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