- Comentar
O Prémio Nobel da Paz de 2020 foi atribuído, esta sexta-feira, ao Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU).
O anúncio foi feito em Oslo pela presidente do Comité Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen, que justificou a atribuição do prémio ao Programa Alimentar Mundial pelos seus esforços para "combater a fome, a sua contribuição para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por atuar como uma força efetiva para prevenir o uso da fome como arma de guerra e de conflito".
"Em 2019, o PAM prestou assistência a cerca de 100 milhões de pessoas em 88 países vítimas de insegurança alimentar aguda e fome", indicou o comité responsável pela atribuição do prémio.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
"Com o prémio deste ano, pretende-se que os olhos do mundo se voltem para os milhões de pessoas que sofrem ou enfrentam a ameaça da fome", acrescentou Berit Reiss-Andersen.
Em declarações a TSF, Pedro Matos, que integra o Programa Alimentar Mundial há 12 anos, mostrou satisfação com a atribuição do Nobel e disse esperar que o prémio contribua para dar visibilidade ao trabalho desta agência das Nações Unidas.
Ouvido pela TSF, Pedro Matos afirmou estar "muito feliz" com esta distinção
A TSF ouviu ainda a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, que afirmou a atribuição do Nobel da Paz ao Programa Alimentar Mundial é "muito justa".
Isabel Jonet sublinha que, enquanto há fome, não há paz
O vencedor do Nobel da Paz vai receber um prémio monetário no valor de dez milhões de coroas suecas (perto de um milhão de euros), além de um diploma e uma medalha.
A cerimónia de entrega do prémio acontece a 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega, e contará com a presença de apenas cerca de 100 convidados.
Notícia atualizada às 12h00