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O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu este domingo ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que tem intenção de retirar as suas tropas da Bielorrússia no fim dos exercícios que foram prolongados, divulgou a Presidência francesa.
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"Será necessário verificar se é assim e poderá levar algum tempo", indicou o Eliseu após uma conversa telefónica entre os dois líderes, notando que as autoridades bielorrussas declararam que as forças russas vão continuar no país, o que "não coincide com as declarações do Presidente Putin".
As autoridades de Minsk, aliadas de Moscovo, anunciaram este domingo que as tropas russas que estão no país desde 10 de fevereiro para exercícios militares ali vão continuar para mais manobras.

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No âmbito da escalada de tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia, Macron irá falar "nas próximas horas" com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e com o Presidente norte-americano, Joe Biden, acrescentou a Presidência francesa.
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Macron poderá ainda falar com os chefes de governo do Reino Unido, Boris Johnson e de Itália, Mario Draghi, tal como "outros aliados", acrescenta, garantindo que o Presidente francês e Putin querem "intensificar os esforços diplomáticos" para manter a paz.
Além disso, os chefes da diplomacia francesa e russa irão falar ao telefone na segunda-feira, anunciou este domingo o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
"Sergei Lavrov estava preparado para ter hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo francês, mas [Jean Yves] Le Drian não tinha disponibilidade", indicou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150 mil soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona. Entretanto, aumentaram nos últimos dias os confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.