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"À medida que são confirmados os relatos de ataques" em diferentes locais da Ucrânia, percebe-se que tudo "faz parte de uma linha de tempo que permite antecipar um ataque em larga escala". A explicação foi deixada pelo major-general Arnaut Moreira, professor de geopolítica e geoestratégia na Universidade Nova de Lisboa, durante o Fórum TSF.
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Relatos de ataques da Rússia fazem "parte de uma linha de tempo que permite antecipar um ataque em larga escala"
O major-general acredita que uma "invasão de natureza terrestre tem de ser precedida de um conjunto de ações levadas a cabo pela força aérea que visa ou neutralizar forças importantes do exército ucraniano", como "depósitos de combustível e armamento", exemplos dados "que são aspetos muito importantes para a manobra operacional de um exército, que normalmente se situam no interior do território e não junto das linhas avançadas".
A "tentação" da Rússia de "ocupar militarmente a Ucrânia é muito grande". No entanto, Arnaut Moreira crê que a Rússia "não vai contar em todas as regiões da Ucrânia a mesma simpatia com que o tem feito no este" e, portanto "a reação do povo ucraniano certamente irá aumentar de intensidade à medida que as forças terrestres se vão aproximando de zonas menos favoráveis à propaganda russa".
António Arnaut: "Estamos naquela fase do mundo em que não resolvemos nenhum conflito, apenas o congelamos e ficamos à espera que eles assim permaneçam durante muito tempo"
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Questionado sobre a possibilidade de uma guerra prolongada, o professor universitário concorda, referindo que "estamos naquela fase do mundo em que não resolvemos nenhum conflito, apenas o congelamos e ficamos à espera que eles assim permaneçam durante muito tempo".