Kateryna Doroshyna não pensa em abandonar Kiev. Vai ficar "até ao fim, até à vitória", conta à TSF. Faz parte da associação Wild Geese que tem, por estes dias, a missão de fazer chegar à cidade e aos seus subúrbios os mantimentos possíveis.
A associação tenta entregar comida e medicamentos às aldeias perto da capital, a Norte, e em Irpin, mas o caminho é um para-arranca constante. O destino desta tarde era Lyutizh, mas o comboio formado por dois carros particulares e uma carrinha com um símbolo de entrega de medicamentos teve de parar um pouco antes, em Stari Petrivski e acabou por ver-se obrigado a voltar a Kiev.
Em contacto constante com fontes militares, os veículos só avançam quando não há perigo de disparos. Têm de esperar sempre por ordens para seguir caminho.
Kateryna juntou-se aos esforços humanitários ao quarto dia de guerra. A missão é simples: "Entregamos mantimentos para ajudar a capital a aguentar os combates."
Com os russos a "tentar rodear a cidade para cortar as formas de obter mantimentos", há que garantir que "Kiev e os seus subúrbios têm tudo aquilo de que precisam."
E do que precisam? "As pessoas pedem-nos coisas diferentes: medicamentos, comida, água, diesel."
A ajuda já andou um pouco por todo o lado.
Kateryna já esteve em Makariv, "agora totalmente destruída".
Em Olenka, "onde uma amiga nossa da Fox News foi morta".
Em Irpin, "por duas vezes, e da primeira resgatamos um cão".
E hão de seguir-se mais locais, porque a ajuda é precisa "em todo o lado e nada é suficiente hoje em dia".
O próximo passo, conta, é tentar obter, no estrangeiro, "armas e coletes". Mas já conseguiram arranjar câmaras térmicas para o Exército.