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Esta quarta-feira, Odessa amanheceu praticamente vazia, muito embora a população que permanece na cidade continue a sair mais à rua durante a manhã do que no resto do dia. Depois das ameaças constantes, as sirenes não tocaram pela "primeira vez em muitas noites" e a população pôde descansar sem "o som opressivo e inquietante" dos avisos de um possível ataque.
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Os cafés e as lojas cheias de "souvenirs, telefones, discos e livros" vão dando vida ao centro de Odessa. Principalmente homens, devido à lei marcial que vigora na Ucrânia, "desfrutam do sol e da primavera", que chegou no domingo.
Ouça o direto de Pedro Cruz no centro de Odessa, durante o programa Conselho de Guerra
No dia em que Portugal passa a viver em mais dias de democracia do que de ditadura, Pedro Cruz mencionou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa à TSF, onde o Presidente da República definiu Democracia como "respirar", onde "só se sente quão importante é quando se perde". Agora, na Ucrânia, tenta-se construir um país livre e soberano.
Apesar de o país ter sido considerado formalmente independente após a perestroika, em 1991, a Ucrânia começou esse projeto "muito parecido com o 25 de abril", de forma oficiosa, a partir de 2014, na Praça Maidan, em Kiev, e em todo o país, numa luta para depor o presidente eleito, Viktor Yanukovych, que estava às ordens da Rússia.
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Ouça a reportagem de Pedro Cruz em Odessa, na Ucrânia
Depois desse golpe de estado, o Kremlin invadiu a Crimeia e reclamou os territórios do Donbass. Por isso, como refere Pedro Cruz "a Democracia plena nunca foi conseguida" na Ucrânia e há oito anos que o conflito continua a causar mortes.
Odessa, onde se encontra o repórter, é um dos símbolos da resistência ucraniana. Agora, a cidade portuária banhada pelo Mar Negro tem "vasos de guerra" russos, que "não são vistos a olho nu, mas são visíveis com ajuda de telescópios ou binóculos de longo alcance".
A população tem medo "porque sabe que o inimigo está ali", relata Pedro Cruz.
ACOMPANHE AQUI TUDO SOBRE O CONFLITO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA