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As sirenes que dão o alerta para o perigo de ataques aéreos já tocaram três vezes em Kiev ao longo desta sexta-feira, a última delas por volta das 17h00. Nesse momento, ouviram-se três vezes seguidas.
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Os três toques longos e consecutivos são os piores de entre os três tipos que se podem ouvir. Um único toque significa que há uma única zona, por exemplo um bairro, em perigo.
Dois toques dão o alerta para uma área mais alargada, como um conjunto de bairros ou uma zona da cidade. Mas três toques abrangem toda a região, toda a cidade de Kiev. Um perigo generalizado.
Ouça a reportagem.
O alerta de fim de ataque aéreo chegou algum tempo depois, para sinalizar que o céu está livre. Nada aconteceu em Kiev, agora reduzida a apenas um terço dos habitantes, dados do presidente da câmara, Vitali Klitschko.
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Mas o cerco aperta-se. Os vários indicadores militares, as informações do exército ucraniano e os dados internacionais - como os que são partilhados pelo Reino Unido ou pela NATO - descrevem uma espécie de "tenaz" russa que está a conseguir cercar os lados Norte e Oriental da cidade.
O condutor que acompanha a reportagem da TSF, experiente, desenhou um "K" de Kiev no centro de uma folha e, à volta, as posições que os russos já tomaram, estão prestes a tomar ou onde se travam batalhas duríssimas, com bombardeamentos intensos. Os analistas dizem que nas próximas 48 a 72 horas podem haver uma grande ofensiva na capital.
As notícias, como sempre, correm rápido. Nos telemóveis dos ucranianos há atualizações a todo o momento sobre o que se passa em todo o país, não só por fontes oficiais mas também através de partilhas no Telegram, WhatsApp, Facebook, Instagram ou outros tipos de mensagens.